segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Com todo amor que houver nessa vida.




Me deu uma saudade  enorme de vocês hoje. A parte  ruim é que é saudade,  a única palavra que mostra com todas as suas  letras a gravidade do que sinto. Mas  felizmente há algo bom.As mesmas músicas que exalam o  cheiro das nossas viagens e provocam alguns rios de lágrimas sutis, também modelam nos meus lábios o sorriso mais sincero. As mesmas fotos que cheias de verdades me paralisam na vontade de querer voltar no tempo, também me impulsionam a  tirar outras fotos e obter mais  momentos. A  saudade que tenho de vocês as vezes não é ruim e digo  isso com toda a certeza. É um sentimento que certamente aperta, mas é uma sensação rápida pois imediatamente  vocês invadem a minha mente  dando gargalhas de piadas antigas e aparentemente sem graça nenhuma. Vocês... vocês são família, abrigo e aquilo tudo mais.
 As vezes penso que realmente quem inventou a saudade não tinha a mínima idéia  do que era distância, mas por outro lado o indivíduo realmente não sabia o que era sentir  falta. É, porque tem  gente  que vive  saudosa por aí e tem gente que sente falta, e essa palavra que só há no vocabuário brasilero  envolve esses dois lados. Tudo bem, eu sinto tanta falta de vocês!Mas felizmente  não é nada que eu não possa curar, mas me diz e quando não tem cura? Nessas horas  vocês aparecem cheios de presentes e significados pra fazer sarar a dor que a falta provoca, não é verdade?
 À vocês não faço somente um brinde, faço vários... ou melhor, não faço nenhum, pois do jeito que são quebrariam taças e copos! Prefiro que me olhem e vejam que brindes não seriam necessários pra demonstrar qualquer afeição de minha parte. Por agradecimento eu até mandaria escrever seus nomes em algum  lugar  importante, mas vocês não são desse tipo e não são mesmo. Vocês são humildes, sinceros e o maior de todos os adjetivos: são vocês! E como é de  custume da personalidade de pessoas assim,  vocês são amigos! Por isso, venho por meio deste e bem envergonhada me digirir à vocês de quem  meu coração aperta ao saber que algo de mal aconteceu a um fio de cabelo, e finalmente gritar com todos os meus membros a  enorme  gratidão... obrigada! Obrigada por pertecerem a minha memória e ao resto da minha vida.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Borboleta




Quero querer teu bem e  poder te desejar o céu. E desejo. E quero.
 Desejo, mas não como desejo, ver as tuas asas lindas colorindo e pintando a vida de quem fica. Porque você, minha borboleta linda, merece mais que  isso, mais que terra, mais que dor...
Entendo por entender que é difícil e doloroso esse processo de abandonar o casulo, mas uma coisa  me chama atenção, mais   atenção que os restos de sua antiga casa. O sorriso no teu rosto, e a renovação da mente apesar dos cabelos brancos. 
 Ahh! ... minha borboleta, você deixa por aqui saudade saudável. Deixa alegria. E onde há alegria você está. Você me encanta, não pelas suas asas lindas que  não vêem a hora de  aparecer, mas pela transformação  que fez. Que fez em você por própria escolha, que fez nas filhas da borboleta e que fez em mim. 
 No silêncio das tuas palavras eu me encontro cheia de lembranças cheirosas da época que ainda se mantinha em casulo. Que doces lembranças.... com cheiro de pastel de frango e suspiro. Me encontro ainda mais perto de você, butterfly. Assim, calada te olhando e observando teus ensinamentos que  insistem em aparecer  no meio de tal dor.
 Tenho que assumir que dá medo, dói e as vezes dói de tal maneira que corta e sangra tanto. Mas como você me ensinou é pro teu  bem, pro nosso bem. Bem de quem aqui vai ficar a te observar, observar teus passeios pelos lugares que nunca foi e observar sua visita constante a nossa casa.
  Vai, mas volta com o tempo pra me mostrar como virar uma linda borboleta.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Deixa ser. Deixe estar.




Deixa ser  assim como está.
Não mude nenhum móvel de lugar.
Não acelere e nem ande devagar demais.
Apenas seja.
Seja assim como vier.
Seja assim como  um pássaro sem se preocupar.
Seja como o mar.
Ou pare pra pensar.
Pense em você.
Pense no que há em você.
Pense em mim.
Só peço, assim.
Pense em nós  como um.
Um só, somente.
Invente.
Novas canções e  costure alguns botões.
Invente você de novo.
E pare.
Pare um pouco.
Ouça o som que sai do seu silêncio.
A dor e a felicidade que escondes  calado.
Respire, e se quiser corra.
Corra sem caminho.
Vá pra onde não sabe o destino.
Surpreenda-se.
Agora pule para que envolva teu  corpo.
E  grite a sílaba que quiser.
sinta-se  cansado.
E agora volte.
Volte pra mim.
Sem determinar o fim.
Solte as mãos da corrente que te prende.
E deixe.
Deixe como está;

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Dias cinza.





Dias cinza. São dias que por alguma razão meu coração chove junto com a água que cai do céu. E o pensamento busca cor nas risadas das memórias, nas mãos dadas, nos abraços e olhares em tom de Sol. 
Aí o cinza fica só no céu e transforma o meu olhar em aquarela de amor. E o amor é azul. Porque é bom morar no azul, né Vinícius?!
Chego a conclusão que a paisagem mora dentro. E ganha vida, como flor em primavera. Por isso, me considero um jardim de flores que nascem em dias cinza de cor azul.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Para uma voz doce, um texto suave.



Créditos fotografia: Mari Magno


Escutando Camelo
Te senti mais perto
Achei que pudesse estar por aqui

Te busquei nos olhares
Nas ruas, andares e lugares

Conversando com o vento
Percebi seu cheiro em tom de sopro
Aí virei poesia pra encontrar o seu cantar

Adormeci e sonhei com lua
A mesma que ilumina seus passos pelo nosso jardim

Te encontrei dentro de mim
No pensamento e no coração
Onde te convidei pra repousar

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Sintonia




Resolvi deixar
Deixar que o vento abrace meu corpo
E ache a sua sintonia
Resolvi não resolver por agora
E esperar que o tempo dissolva os nós
Decidi me eternizar
Vivendo o instante de cada minuto
Correndo mansamente pelo agora
Pensei pra declarar
Declarar o amor que fica e o mesmo que vai
Afirmar que tudo que sou é puro sentimento

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Domingo azul



Queria ser domingo. Para falar melhor, eu queria ser seu domingo.
Pra anoitecer seu sábado e desaguar no amanhecer do dia primeiro dos sete.
Queria ser cada minuto da sua preguiça pra sentir seus cabelos embolados, seu rosto embaraçado e cada parte do seu corpo suspirar.
Queria ser seu domingo de chuva cheio de gotas de suor.
Queria ser domingo de luz e sol pra observar seu sorriso.
Nunca quis ser outro dia que não fosse domingo, nem segunda pra deixar de ser a primeira, nem a quarta pela metade e nem a impessoal sexta.
Por isso afirmo que quero ser seu cansaço e seu descanso. Ser o começo e o fim de um ciclo que não termina, que se embola e desenrola numa tarde de domingo.